A EMERGÊNCIA DE UMA FORMAÇÃO HUMANIZADA PARA O SÉCULO XXI BASEADA NO CONCEITO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Resumo

A sociedade atual passa por um momento em que muitas coisas estão sendo ressignificadas. O Direito é uma ciência que regula as relações humanas e, quando elas se tornam variadas, ele é modificado. Conceitos que já eram tidos como inegociáveis, hoje passam por uma espécie de “revisão” e, por vezes, negação. O mundo polarizou-se de modo que exige respostas cada vez mais delicadas da ciência que se vê imersa nesse imenso “barril de pólvora” com a missão de (tentar) responder a demanda de modo que promova a vida e a dignidade da pessoa humana. Nesse contexto de renegociações, negações e reafirmações, poderia a dignidade da pessoa humana estar em “jogo”?

Em se tratando do mercado de trabalho, assuntos como o racismo, homofobia e xenofobia, parecem estar falsamente amenizados, contudo cada vez mais, em decorrência das polarizações ideológicas, a dignidade da pessoa humana fica ameaçada quando o preconceito é maior que a essência humana.

Estamos cada vez mais inseridos num contexto plural que demanda que a sociedade seja reconhecedora do valor inerente ao humano e não àqueles que estão atrelados a bandeiras ou a partidos. Nesse sentido, a formação contemporânea dos profissionais exige que eles sejam munidos de valores e conhecedores dos Direitos Humanos a fim de emancipar a sociedade e gerar a fraternidade nos ambientes de trabalho livre de qualquer tipo de preconceito. 

Para esse estudo, caberão alguns conceitos fundamentais para compreender o valor humano ao longo da história do pensamento.

Considerar que o ente humano é um animal racional não é suficiente para valorizar sua dignidade. Considera-lo um ser de direitos é possível por poder dize-lo como pessoa e não apenas indivíduo. Contudo, o termo pessoa é proveniente de um fundamento teológico que exige um certo tipo de crença, nesse sentido, quando existe uma sociedade com um pluralismo de crença e de ideologias, a visão acerca da pessoa humana pode ser também variada. Fato este que causa polarizações e exige respostas que abarquem a diversidade. Vale destacar que o pluralismo não é considerado um problema, muito pelo contrário, ele traz ao centro a discussão de um conceito que seja eficiente à diversidade.