CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E ASSISTIVAS PARA A ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO DO ENSINO SUPERIOR – O CASO DA FAVENI

Autores

  • Drieli Aparecida Rossi Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI , Venda Nova do Imigrante, ES.
  • Haroldo Deps Almeida Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI , Venda Nova do Imigrante, ES.
  • Ana Paula Rodrigues Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI , Venda Nova do Imigrante, ES.
  • Thiara De Ângeli Porto Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI , Venda Nova do Imigrante, ES.

Resumo

Acompanhar o desenvolvimento de capacidades e tornar as pessoas aptas ao convívio social por diferentes procedimentos está na gênese do processo de incluir. A inclusão é um processo de amplo espectro, com a complexidade inerente à diversidade humana, considerando a unicidade do ser, sua constituição e construção como ser humano. Portanto a base de uma inclusão interativa é centrada no desenvolvimento de potencialidades para ser plena no individual e no coletivo em seus procedimentos e atitudes.

O uso das tecnologias digitais e assistivas no processo de inclusão tem se tornado a principal ferramenta para pessoas com deficiência visual. O Braile já não tem a mesma importância no ensino superior quando comparado ao ensino fundamental e no processo de alfabetização do indivíduo.

As tecnologias digitais e assistivas, portanto, estão permitindo a autonomia de pessoas com deficiência para o desenvolvimento de suas atividades, seja elas acadêmicas ou sociais. Essas tecnologias contribuem para que os estudantes do ensino superior com deficiência visual possam superar os desafios e garantir a permanência dos estudos (SILVA; PIMENTEL, 2022).

Pinheiro e Santos (2020) reforçam que não se deve negar que as tecnologias digitais contribuem com as pessoas com deficiência em termos funcionais e os avanços nesse sentido são evidentes, como por exemplo, a função de leitor de tela por meio do “talk back”, que tem os aparelhos celulares. Esse recurso facilitou e/ou possibilitou o acesso a comunicação e informação em rede pelas pessoas com deficiência visual (DV).

No caso dos celulares, os aparelhos de última geração, já dispõem de recursos de acessibilidade, como por exemplo: leitores de tela integrados ao sistema, o que dá a cegos e pessoas com baixa visão acesso a todas as funções do aparelho (mesmo aqueles com tecnologia touch screen) e a uma gama de aplicativos, como o Global Positioning System (GPS) para cegos, o aplicativo que faz o celular vibrar quando alguém sorri, ou aquele que  reconhece  imagens,  fazendo  uma  busca  na  internet  para  identificar  o  objeto fotografado ou filmado pelo aparelho. Portanto, a tecnologia é sinônimo de autonomia e o meio através do qual barreiras (tanto arquitetônicas, quanto de mobilidade, nas comunicações e na informação) podem ser vencidas, garantindo acesso à educação, trabalho, cultura e lazer (BONILLA; SILVA; MACHADO, 2018).

No contexto do ensino superior, é exigido do aluno o conhecimento de diversas áreas, como por exemplo, o conhecimento básico em tecnologia digital, mais especificamente no âmbito operacional, aplicados rotineiramente no desenvolvimento das atividades acadêmicas. Mas, infelizmente nem todos os alunos com deficiência chegam ao ensino superior com tais conhecimentos, de modo que necessitam de apoio nesse sentido (SILVA; AMORIM; FUMES, 2020).

Diante dessa realidade, o presente estudo se iniciou diante do seguinte questionamento: como oferecer ao aluno de ensino superior com deficiência visual uma experiência de ensino capaz de superar as dificuldades de acesso e entendimento das informações dos conteúdos ministrados? Com base nessa indagação, este artigo realizou o acompanhamento de um aluno do curso de Administração da FAVENI com deficiência visual, para tanto, tornou-se mister apropriar-se do contexto atual e histórico, para planejar, selecionar e oferecer ao aluno as abordagens significativas e congruentes com suporte filosófico, psicológico, pedagógico e sociológico, adequando conteúdo, capacidade ritmo e progressão.

No caso citado, na ausência de visão, e no curso superior, a base táctil do Braille foi ampliada para a percepção de sequência de raciocínio lógico/matemático; e a apropriação dos recursos tecnológicos digitais, para aprimoramento da sensibilidade auditiva, que merece o registro de potencializar sobremaneira a autonomia e o autodidatismo e o autogerenciamento de tempo, na construção de uma autonomia, e assim construir a base do desempenho profissional eficiente de alto nível de decisões fundamentadas.

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Publicado

25-01-23

Edição

Seção

Edição Especial Anais da III Jornada Científica do Grupo Educacional FAVENI

Como Citar

CONTRIBUIÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E ASSISTIVAS PARA A ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO DO ENSINO SUPERIOR – O CASO DA FAVENI. (2023). Revista Interdisciplinar Da FARESE, 4. https://revista.grupofaveni.com.br/index.php/revistainterdisciplinardafarese/article/view/980