OS PADRÕES ESTÉTICOS FACE AOS PROCESSOS DE EXCLUSÃO SOCIAL

Abstract

A sociedade sempre esteve inclinada a um ideal de beleza de acordo com o contexto vigente, delineando um padrão a ser seguido por todos. O processo de sujeição aos padrões estéticos viabiliza uma série de ganhos na seara social, todavia, o corpo que não contempla o estereótipo acordado é a mercê da exclusão social. O objetivo do presente estudo é avaliar como os padrões estéticos atuam como mantenedores da exclusão social, valendo-se da metodologia de abordagem qualitativa, de método descritivo e de revisão bibliográfica narrativa. A necessidade de contemplar o tema, viabiliza a discussão em torno do quanto alguns fenômenos fabricados no meio social, como a estética, podem tornar-se um denominador de sofrimento para algumas pessoas que não se enquadram dentro de suas expectativas, isto é, que destoa da regra vigente. Como resultados obtidos, pode-se destacar que a beleza jovem e esquálida deve ser algo almejado por todos, como prevê a trama social, sendo toda beleza que se desprende ou desvia dessa linearidade implica-se em uma categorização social específica de exclusão. Além disso, o meio social desempenha a culpabilização individual pela não aquisição de um corpo perfeito, utilizando-se de mecanismos psicológicos de coação como forma de excluir ou limitar um indivíduo. Como conclusão dos dados obtidos, pode-se dizer que a constituição de um corpo perfeito e de uma sociedade que o cultua e violenta os insubmissos, engendram impactos diretos nas relações subjetivas, sociais, físicas, emocionais, psicológicas e existenciais de um sujeito.