UMA ANÁLISE DO EU COMO VIA PARA A MÍSTICA EM ERNST TUGENDHAT COMO UMA POSSÍVEL RESPOSTA AO INDIVIDUALISMO CONTEMPORÂNEO
Resumo
A capacidade mais excelente do homem é a racionalidade, é o que nos diferencia e nos separa dos outros animais. Essa capacidade nos permite tomar decisões, discernir sobre o que é bom e o que é ruim. A razão permite que o homem tenha uma visão de mundo ampla, que ele conheça e analise os acontecimentos, as coisas, os seres e tudo o que o rodeia. A partir dessa capacidade de refletir, o homem se depara com uma multiplicidade de outros que lhe são semelhantes e que fazem parte do seu meio de convívio. É através dessa percepção do outro que o homem começa a fazer perguntas a si mesmo, como: Quem sou eu? Qual o sentido da minha vida? Que caminho eu devo tomar? Essas perguntas e outras o norteiam a perceber que existe um “Eu” que busca sentido para a sua existência.
Segundo Tugendhat (2013), a percepção do “Eu” se dá de várias formas, uma delas é através do uso da linguagem, principalmente a linguagem proposicional que precede uma vontade expressa daquele que se comunica. O ato de julgar e discernir sobre algo bom ou melhor é também uma forma de perceber que existe na relação entre duas ou mais possibilidades de escolha, a existência de um “Eu” que escolhe conscientemente. No ato de escolher o homem sempre optará por fazer a vontade do “Eu”, e são essas vontades que podem corrompê-lo, transformando-o em um escravo de si mesmo, e transformando o outro em um objeto e instrumento de sua vontade.
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