DAS MARGENS DO RIO, ÀS MARGENS PARA O CAPITAL: O CASO DO SETOR CHUCRI ZAIDAN DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA ESPRAIADA
Palavras-chave:
Várzea do Rio, Operação Urbana, Valorização do EspaçoResumo
Em um período de avanço da financeirização sobre as relações econômicas no século XXI, a urbanização da cidade de São Paulo sofre transformações para criar condições específicas necessárias para reprodução do capital, afirmando a cidade como negócio. Estado e capital privado se aliam em projetos estratégicos de implantação e valorização do capital no território por intermédio das Operações Urbanas. Analisaremos o desenvolvimento do Setor Chucri Zaidan da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada (OUCAE), com foco na expansão viária influenciando na reprodução espacial como mercadoria. Trata-se de uma área originalmente de várzea do Rio Pinheiros, posteriormente ocupada para uso industrial, situado em localização privilegiada na zona sul da cidade de São Paulo, um eixo de expansão do capital financeiro onde desenvolve-se uma nova centralidade corporativa, fragmentada e desigual. Apresentaremos como os resultados obtidos na Operação Urbana Faria Lima e o Setor Berrini da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada influenciaram na área em estudo, além dos efeitos dessa reestruturação produtiva no território. Foram realizados mapeamentos para análise comparativa do uso e ocupação do solo, com foco em estudo de regressão histórica. Este trabalho evidencia a produção do espaço para dinâmica da primazia do capital financeiro por meio das alianças entre Estado e capital privado que criam sustentações legais, representado nas âncoras rodoviárias como forma material para promover e integrar empreendimentos imobiliários em espaços sem meio produtivo devido à desconcentração industrial na cidade de São Paulo.
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