EXPERIÊNCIAS JUVENIS NO CONTEXTO ESCOLAR: IMPASSES E POSSIBILIDADES

Resumo

Este trabalho é um recorte das discussões realizadas em nossa tese de doutorado. Nosso objetivo é apresentar apontamentos acerca da escola considerando sua relação com a juventude como categoria social, jovem como sujeito de direito, suas experiências e diálogo com o ambiente escolar. Assim, discutimos a representação da juventude e da escola no contexto das relações e do reconhecimento; como a escola tem exercido seu papel e as possibilidades do diálogo com as juventudes.

            O texto está estruturado em três partes. Na primeira parte, definimos e tratamos a representação da juventude na contemporaneidade, discutindo a relação disso com aspectos da educação escolar. A segunda parte apresenta a metodologia empregada para a elaboração desse trabalho. Na terceira parte expomos os resultados das reflexões a partir da consideração do diálogo entre escola e as experiências juvenis, seguida das considerações finais de trabalho.

Desse modo, iniciamos destacando que a sociedade moderna ao instituir papéis sociais reconhece a condição social desses sujeitos. De certo, esses papéis legitimam regras de conduta, normas, pois consistem no “conjunto de expectativas associadas em torno de uma função”, segundo Teles (1993, p. 50). Essa é uma das formas para que se entenda a institucionalização do curso da vida, da categoria etária, como maneira de assegurar uma condição social para a juventude; no entanto, a juventude, como categoria culturalmente construída acrescenta a essa condição que “... ainda que seja uma representação simbólica, permeada de valores ideológicos, é também uma realidade social concreta”, e dessa existência concreta emerge a necessidade de compreendê-la em seus contextos (MARGULIS e URRESTI adup GROPPO, 2015, p. 25; GROPPO, 2017; PERALVA, 1997).