Processo de Inclusão Escolar de Crianças com a Síndrome Congênita Pós Zika
Palabras clave:
Inclusão educacional;, Microcefalia;, Vírus Zika;, Saúde da Criança.Resumen
Em 2015, seguido da epidemia do Vírus Zika (VZIK) no Brasil, o nascimento de crianças com malformação congênita começou a ser relacionada com a infecção de mulheres gestantes pelo VZIK, os estudos apontam para uma Síndrome Congênita Pós Zika (SCPZ), caracterizada por múltiplas deficiências. Neste sentido, se faz necessário o estudo da inclusão destas crianças, inclusive no âmbito escolar. Objetivo: analisar o processo de inclusão escolar das crianças com a Síndrome Congênita Pós Zika. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo e quantitativo, observacional, transversal. Sendo utilizados dados primários, coletados entre março e maio de 2019, nas Pré Escola, Escola Primeiro Passo e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) das Gerências Regionais de Ensino (GRE) da Orla, Centro, São Caetano, Liberdade, Itapuã e Cabula em Salvador, Bahia. Foi aplicado um questionário semiestruturado elaborado pelos autores aos gestores (as), professores (as) e Auxiliares do Desenvolvimento Infantil (ADI) das escolas que tivessem matriculadas crianças com a SCPZ. Os resultados foram analisados a partir da técnica de análise do discurso segundo Michel Pêcheux para as informações qualitativas e apresentados em frequência absoluta e relativa para os dados quantitativos. Resultados e Discussão: As participantes do estudo são mulheres (100%), autodeclaradas negras (80%), com idade entre 40 e 50 anos de idade (80%) no caso de gestoras e professoras, e de 18 e 39 anos (40%) referente às ADI. Especificamente as gestoras e professoras, tem formação em pedagogia, sendo a maioria das gestoras especialistas em Inclusão e Transversalidade. As ADI, gozam de ensino médio completo, sendo três delas estudantes do ensino superior. De acordo com os dados coletados por este estudo, a inclusão educacional ocorre no contexto da SCPZ em Salvador, Bahia, porém com diversos limitantes, sendo os principais a evasão escolar e a baixa participação familiar na escola. Conclusões: Pode-se concluir que as principais barreiras para a efetividade do processo de inclusão escolar são regimentadas pela baixa acessibilidade das estruturas física e arquitetônica de alguns dos prédios onde as unidades escolares funcionam, pouca manutenção dos materiais pedagógicos assistivos e a deficitária participação dos profissionais nas formações e/ou capacitações acerca da inclusão educacional.
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