O paradigma ecológico: Três grandes vertentes para pensar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade na saúde.
Palabras clave:
interdisciplinaridade, paradigma ecológico, ciências da saúdeResumen
O objetivo deste artigo é realizar uma síntese das propostas que constituem o cerne do Paradigma Ecológico contemporâneo, a partir de três grandes eixos: a teoria da complexidade de Edgar Morin, a epistemologia ambiental de Enrique Leff e a ecologia
dos saberes de Boaventura Santos. Para sustentar tal discussão, toma-se como ponto de inflexão a análise arqueológico-genealógica de Michel Foucault. Ao focalizar um objeto complexo por excelência, as ciências da saúde já se encontram imbricadas nesse novo paradigma, através de uma visão que compreende o ser humano não apenas como uma subjetividade abstraída do mundo material, nem como apenas um corpo constituído pela soma de seus órgãos. Deste modo, as autoras propõem considerar o conceito de Natureza em sua radicalidade. O sintagma “natureza humana” representa tal radicalidade, pois somente o ser humano é capaz de maciçamente destruir o ambiente ou reintegrá-lo. A visão de ser humano nessa perspectiva compreende-o como partícipe de uma complexidade humano-ambiental integrada ao cosmo e constituída de matéria, subjetividade, história e cultura.
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