O crescimento social e político: Implicações éticas a partir do personalismo de Jacques Maritain

Abstract

O presente artigo destaca a sentida urgência da reflexão sobre a centralidade ética da pessoa humana na sociedade. As novas demandas nascidas das conquistas e possibilidades da técnica requerem reflexões cada vez mais bem elaboradas e implicam interrogações que não são satisfeitas em formulações jurídicas e deontológicas. O artigo expõe a necessidade de refletir a “pessoa” no valor intrínseco de sua dignidade. Reflete uma demanda ética, capaz de ultrapassar os limites sociais do consumismo e do mero entertainment, bem como de um modelo político onde o a pessoa é reduzida a “cidadão.” Um ramo da filosofia muito interessado e atento a essa reflexão é aquele chamado de “Personalismo”. Nesta abordagem filosófica, a pessoa humana, fora do horizonte subjetivista e individualista, é considerada na sua centralidade individual, social e espiritual. Centralidade que é critério hermenêutico de interpretação social e política. O autor de referência é Jacques Maritain, personalista francês nascido em 1882 e morto em 1973. Sugere-se, portanto, que o personalismo é uma séria e oportuna contribuição filosófica apta a cooperar na reflexão sobre o lugar da pessoa diante do novo quadro social e de suas exigências éticas.