O paradigma ecológico: Três grandes vertentes para pensar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade na saúde.

Autores

  • Denise Maria Barreto Coutinho
  • Helenira Alencar

Palavras-chave:

interdisciplinaridade, paradigma ecológico, ciências da saúde

Resumo

O objetivo deste artigo é realizar uma síntese das propostas que constituem o cerne do Paradigma Ecológico contemporâneo, a partir de três grandes eixos: a teoria da complexidade de Edgar Morin, a epistemologia ambiental de Enrique Leff e a ecologia
dos saberes de Boaventura Santos. Para sustentar tal discussão, toma-se como ponto de inflexão a análise arqueológico-genealógica de Michel Foucault. Ao focalizar um objeto complexo por excelência, as ciências da saúde já se encontram imbricadas nesse novo paradigma, através de uma visão que compreende o ser humano não apenas como uma subjetividade abstraída do mundo material, nem como apenas um corpo constituído pela soma de seus órgãos. Deste modo, as autoras propõem considerar o conceito de Natureza em sua radicalidade. O sintagma “natureza humana” representa tal radicalidade, pois somente o ser humano é capaz de maciçamente destruir o ambiente ou reintegrá-lo. A visão de ser humano nessa perspectiva compreende-o como partícipe de uma complexidade humano-ambiental integrada ao cosmo e constituída de matéria, subjetividade, história e cultura.

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Biografia do Autor

  • Denise Maria Barreto Coutinho

    Doutora/UFBA, docente do Instituto de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação em Artes Cênicas e de Psicologia/UFBA. Coordena a Área de Concentração Estudos da Subjetividade e do Comportamento Humano dos Bacharelados Interdisciplinares da UFBA. Líder dos GP's Estudos sobre a Universidade Brasileira e Modelagem da complexidade em Artes, Humanidades e Saúde/CNPq.

  • Helenira Alencar

    Mestre/UFC e doutoranda/UFBA. Membro do GP LOCUS/CNPq.

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Publicado

19-12-22

Edição

Seção

Temas Livres