MOBILIDADE ÉTNICO-SOCIAL DO POVO KAMBA CHIQUITANO UM OLHAR SOBRE O REDUTO SÃO FRANCISCO NA CIDADE DE CORUMBÁ/MS1
Palavras-chave:
Identidade;, Kamba;, Fronteira;, Diversidade CulturalResumo
O presente trabalho é resultado de pesquisa de iniciação científica (PIBIC/CNPq 2014-2015) inserida em projeto mais amplo (CNPq), intitulado “Fronteiras Étnico-culturais – Análise do tráfico e migração de pessoas nas fronteiras de Mato Grosso do Sul”. O objetivo da pesquisa foi estudar a migração do povo Kamba, de origem Camba-Chiquitano e seu trânsito da Bolívia para a cidade fronteiriça de Corumbá, no Estado de Mato Grosso do Sul, e suas ressignificações identitárias, assim como suas relações com o território brasileiro. O projeto de pesquisa foi desenvolvido por meio da pesquisa bibliográfica e do trabalho de campo, ocasião em que pudemos constatar as reivindicações deste povo, que luta pelo reconhecimento de sua cidadania como indígena no Brasil para saírem da “situação de invisibilidade” não só perante o poder público, mas para os cidadãos corumbaenses, possibilitando a busca do efetivo amparo previsto na Convenção nº 169 da OIT e na Constituição Federal de 1988 acerca dos direitos dos povos indígenas no tocante a sua dignidade e o direito de possuir um território tradicional. Conclui-se da pesquisa que os Kamba residentes no “reduto São Francisco” (Corumbá/MS) reivindicam o seu reconhecimento como indígenas no Brasil em virtude de terem se naturalizado brasileiros, pois sua vinda no início da década de 1950 devido às oportunidades de trabalho na construção da Estrada de Ferro Santa Cruz de La Sierra-Corumbá, principal ligação entre Brasil/Bolívia, fez com que estabelecessem relações matrimoniais com brasileiros, permanecendo em definitivo no Brasil.
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